VIDA NA ESCOLA

Vamos falar sobre Identidade Visual

"Às vezes, no meio do caos, você encontra formas”

A designer e professora da ECDD, Renata Perim, decidiu levar a conversa com suas turmas para a prática, contando com as experiências e conselhos do Designer Ilustrador Zé Azevedo. Em sua palestra, este designer de sucesso nos inspirou com sua história, que passa por muitos lugares, muitas empresas, até o seu reencontro com o design em seu mestrado na Alemanha.

O evento contou com a presença de duas turmas de Identidade Visual da professora Renata, com a participação de outros professores da ECDD, além de ter sido aberto ao público em geral.

Zé Azevedo, graduado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda – na Universidade Federal  do Espírito Santo e mestre em Design Integrado na Universidade de Artes de Bremen (Hoschule fur Kunste University of the Arts Bremen), na Alemanha, conta que até chegar aqui foram muitas etapas e caminhos.

Entrou na graduação achando que iria ser jornalista, mas por sorte o curso se dividia em dois caminhos: Publicidade e Propaganda ou Design; e por suas experiências familiares, desde criança, quando colocava arte nos desenhos técnicos dos seus pais, ele soube que seguiria na Direção de Arte. Em sua trajetória, o Design como hoje ele o compreende, o acompanhou sorrateiro, foi aos poucos que ele percebeu que era mesmo disso que se tratava o seu ofício. Depois que saiu da graduação em Publicidade, pasmem: foram 9 empresas em 7 anos a partir de 2011. Coisa que, embora ele não se orgulhe, foi resultado de busca e inquietação, que fazem parte de sua personalidade. Foi essa inquietação que o levou para um mestrado na Alemanha, ele estava insatisfeito sem saber muito bem o porquê. Zé Azevedo, então, viu com a esposa a oportunidade de viajar para a Alemanha, o que foi um ponto de mudança na sua visão de mundo e de carreira. Foi quando ele relata ter se reencontrado com o Design, passando a dar mais atenção ao Design do que à carreira de Diretor de Arte em propaganda, a qual vinha trilhando até então.

Zé nos trouxe um conceito de Identidade Visual:

“A identidade visual é uma construção de vários elementos gráficos e visuais responsáveis por criar uma atmosfera a respeito do que é a empresa, quais são seus valores e até mesmo como ela vê o mundo e a sociedade.”

Conceito que abriu a conversa sobre os conteúdos de Identidade Visual, no qual ele focou em Elementos Visuais: Logotipo, Tipografia e Grafismo. Ele nos mostrou vários trabalhos de sua autoria nessas áreas, como: Wine.com.br, Tratus Engenharia, Chando, Estudio 1904 (que é a sua marca) e Hop & Cold.

Zé afirma muito a importância que é ter a mente aberta no Design e o quanto isso faz parte do trabalho. Ele nos diz que o trabalho com design não é apenas um trabalho, mas sim uma visão de mundo. Nesta palestra, olhando para o trabalho e a história do Zé, fomos capazes de sentir a maturação do seu pensamento em design no seu próprio trabalho.

E olha o que o Zé trouxe de presente pra nós!

10 dicas para ser um bom designer:

1 – “Procure entender suas características pessoais”

Como você gosta de trabalhar? Com o que você gosta de trabalhar? Quanto mais cedo você descobrir as suas características, melhor vai ser para sua carreira.

 

2 – “Vista sua própria camisa”

Você não pode colocar a empresa que você trabalha ou o trabalho que você está fazendo naquele momento acima de você como pessoa ou como designer. É preciso aprender a enxergar o mundo de maneira mais aberta em vez de específica. 

 

3 – “Busque mentoria de quem você admira”

Se há uma pessoa que você gosta muito, não tenha vergonha nem medo, vá até ela, se espelhe nela. Essa é uma forma muito boa de você aprender.

 

4 – “Design é mais que um ofício”

É a sua voz. Você precisa dar vazão a sua visão de mundo pelo Design, e isso pode ser feito de diversas formas, não se limite ao seu trabalho. Design é visão de mundo.

 

5 – “Jamais deixe de estudar e ser curioso”

Nunca pare de estudar e entenda como funciona o processo e o fluxo de trabalho de um pouco de tudo. Curiosidade nesse ponto é fundamental.

 

6 – “Menos imediatismo e mais paciência”

O Zé relatou como ficava inquieto e saia muito rápido de seus trabalhos. Seu aprendizado não precisa ocorrer necessariamente, ou somente, no seu emprego e no seu trabalho.

 

7 – “Junte-se a outros criativos”

Converse com outras pessoas que são criativas, que gostam de escrever, artistas, ilustradores, pintores, músicos, atores… Isso é uma fonte preciosa que podemos usar para nós mesmos. Não ande só com designers, ande também com outros profissionais de criação. Não subestime o poder do grupo.

 

8 – “Aprendam a fazer mkt de si msmxs

Isso é muito importante na hora de conseguir uma vaga. O portfólio fala, mas apenas para algumas pessoas, você precisa saber falar sobre o que você faz, saiba se vender. Mas cuidado para não ser marketeiro demais também.

 

9 – “Sempre que puder, compartilhe o que você aprendeu”

É muito gratificante passar a sua experiência, é bom pra todo mundo, inclusive pra você. E é bom para o Design como um todo.

 

10 – “Cuide da sua saúde mental, física e social”

Especialmente na fase que estamos, cuide de si, tenha empatia com você e com os outros.

E pra você que leu até aqui, confira essas dicas especiais:

 

“Aprenda a falar inglês”

“It’s the key”. Os melhores conteúdos extra classe, que você não encontra no seu curso, estão em inglês. Tanto para estudo quanto para trabalho.

 

“Se possível, more em outro país”

Se vocês tiverem oportunidade, more em outro país, onde você quiser. É sempre bom ter outra visão de mundo, e isso ajuda um bocado a abrir a cabeça e entender certos conceitos.

O Zé falou muito sobre a importância de ter uma experiência fora do país, de como isso é importante para abrir a cabeça e de como a experiência dele foi um divisor de águas. Para você que tem vontade de estudar fora, vamos falar mais um pouco sobre a experiência de fazer o mestrado na Alemanha que o Zé relatou?

Ele conta que o mestrado na Alemanha é diferente do Brasil, não é pesquisa científica, é uma especialização técnica super rigorosa, conta que o seu mestrado era sobre cor, e sobre esse tema ele se aprofundava dia após dia praticando e estudando. A professora Renata Perim completa que no Brasil o mestrado costuma ser mais teórico, é preciso muita leitura e escrita, embora já estejam surgindo mestrados mais técnicos. Zé aponta que a escola de Design brasileira é muito boa e os designers brasileiros dão baile em muita gente ao redor do mundo. Para ele, o mestrado serviu muito como descoberta, muito mais do que conhecer técnica, foi uma descoberta muito grande pela mudança cultural e de cenário. Ele conta, inclusive, que só foi entender que passaria o mestrado todo estudando cor depois que entrou…

Então, fica a nossa dica e a do Zé, tenha uma experiência fora do Brasil, conheça pessoas e profissionais diferentes, abra sua cabeça!

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