Mônica concorda e também enfatiza a importância da sensibilidade. De acordo com a orientadora, a aprendizagem começa com um vínculo: “quando se estabelece um vínculo positivo com o professor tudo flui muito melhor”. É essencial ter a sensibilidade para entender a individualidade dos alunos, e, através disso, criar aulas criativas para poder incentivar o talento de cada um. Martins defende a importância de uma aula criativa, mas reconhece que esse estilo ainda não é completamente aceito, “muitas vezes, as pessoas confundem criatividade com bagunça”, e adiciona “[contudo,] a civilização evoluiu por conta da criatividade”. Ela retoma o argumento da professora anterior, reforçando a importância de ter um aluno ativo na sala de aula. Acrescentando como a participação ativa do aluno gera um protagonismo e uma autonomia que são essenciais para sua formação como pessoa.
Conectando novamente ao que a Profª Giselle já tinha comentado, ela reflete sobre a dificuldade do aluno de ver utilidade em seu aprendizado e incentiva a interdisciplinaridade para demonstrar a transversalidade entre as matérias e, como resultado, sua aplicação prática na vida. Por fim, ela retorna ao seu argumento inicial, sobre a importância da sensibilidade, e crítica o ensino tradicional por focar em somente algumas habilidades, ressaltando como isso pode afetar o emocional de crianças que não se destacam em competências “acadêmicas”, mas possuem talento em outras desconsideradas pelo sistema atual, “todo mundo tem uma habilidade, o problema é que nem sempre a escola valoriza essa habilidade que [o aluno] tem”.
Por último falou o Prof. André Gan, coordenador do Colégio La Salle Abel, que expandiu na questão da sensibilidade. Ele começou citando duas frases de sua colega, Marlene: “a educação é feita de afetividade, afinidade e de boas lembranças” e “precisamos superar as práticas dos cativeiros disciplinares”. Assim como as outras palestrantes, ele chama atenção à importância da interdisciplinaridade e adiciona a necessidade de quebrar a construção de uma hierarquia educacional. Ele propõe a ideia de inverter os papéis do ambiente de educação, permitindo, ou melhor, incentivando, que o aluno traga novas informações e conhecimentos para o professor.